RESUMO Em A ordem moral do ato de matar, queremos mostrar como o ato de matar, considerado um dos crimes que mais ofende a moral coletiva, pode, no entanto, ser considerado um ato justificado de natureza moral por um grupo de sujeitos que cumprem pena por homicídio. Propomos a noção de “ordem moral” para compreender o regime de justificativas, as regras práticas que regem a violência mortal e as concepções de valor subjacentes que emergem das narrativas de nossos entrevistados. Essa ordem moral, que prosperaria em condições de exclusão, seria sustentada por redes sociais que toleram, reforçam e regulam os códigos morais associados à violência criminal.
ABSTRACT In The Moral Order of the Act of Killing, we want to show how the act of killing, considered one of the crimes that offends collective morality to a greater degree, can nevertheless be considered a justified act of a moral nature by a group of subjects serving a sentence for murder. We propose the notion of “moral order” to understand the regime of justifications, practical rules that govern deadly violence, and underlying value conceptions that emerge from the narratives of our interviewees. This moral order, which would thrive in conditions of exclusion, would be sustained by social networks that tolerate, reinforce, and regulate the moral codes associated with criminal violence.
RESUMEN Queremos poner en evidencia cómo el acto de matar puede ser considerado un acto justificado y de naturaleza moral por un grupo de sujetos entrevistados que purgan condena por homicidio. Proponemos la noción de “orden moral” para comprender el régimen de justificaciones, reglas prácticas que rigen la violencia mortal y concepciones valorativas subyacentes que se translucen de las narraciones de nuestros entrevistados. Este orden moral, que prosperaría en condiciones de exclusión, se sostendría por redes sociales que toleran, refuerzan y regulan los códigos morales asociados con la violencia criminal.